Break a leg: Manuel Caldeira

19 Setembro - 17 Outubro 2020

Temos o gosto de anunciar a exposição Break a Leg, primeira exposição individual de Manuel Caldeira na galeria. É também a primeira vez que o artista apresenta publicamente o seu trabalho de Pintura. A inauguração terá́ lugar no próximo dia 19 de Setembro, com entrada livre e horário alargado entre as 14h-20h, respeitando as indicações da DGS no quadro atual de controle à epidemia Covid-19.

 

A exposição apresenta o resultado das pesquisas mais recentes de Manuel Caldeira em Pintura. Este médium, embora tratado por Manuel Caldeira em varias ocasiões no passado, nunca tinha sido até hoje objecto de uma mostra individual.

 

A seleção de pinturas apresentadas refletem as preocupações pictóricas que Manuel Caldeira tem vindo a aprofundar nos últimos anos e surgem na sequência das exposições de desenho - Red as Scarlet White as Snow, apresentada em 2019 na Giefarte  e Spettacolo, de 2017, na Galeria João Esteves de Oliveira, ambas em Lisboa. Mas também de uma série de esculturas sabiamente construídas de equilíbrios precários utilizando materiais inusitados, que resultaram num diálogo pertinente com o espaço da Fundação EDP, em 2015, ano em que Manuel Caldeira foi finalista do prémio EDP Novos Artistas.

 

O processo de construção das pinturas que apresentamos revelam o conhecido interesse do artista por formas mínimas, pela criação de espaços ilusórios e cénicos com recurso a uma economia material e sábia utilização da cor vibrante, ou como menciona João Pinharanda num texto de sua autoria (reproduzido no catálogo da exposição Red as Scarlet White as Snow, Giefarte, 2015) sobre o trabalho do artista:

 

"... uma vontade de construção e arquitectura que se manifesta tanto no desenho como na escultura, tanto na evocação e simulação de plantas, alçados e maquetas como na simulação e evocação das coreografias do gesto e do corpo, que se expõe na tensão entre o objecto, o corpo e as suas abstrações, entre os jogos de linhas, cores e seus espaços, que nasce da dúvida entre forma e fundo gerada pelo recorte, que investe a sua eficácia no frágil equilíbrio entre simetria e dissimetria, entre preenchimento e esvaziamento."

 

 Break a Leg, foi o título escolhido pelo artista para esta exposição. A expressão, que começou a ser ouvida no séc. XVI, continua hoje a ser usada como voto dirigido aos actores para desejar boa sorte, principalmente em dias de estreia de novos espetáculos.