Mudou-se para Paris em 1956, após ter terminado os estudos na Escola de Belas-Artes de São Fernando, instituição onde também foi professor.

 

Apesar de viver em Paris durante este período, Luis Feito mantém o contacto com os artistas espanhóis da vanguarda, sendo membro fundador do grupo madrileno El Paso (1957-60), que defende uma arte inovadora, antiacadémica com responsabilidade moral e social. As premissas deste coletivo baseavam-se na vontade de dar um novo aspeto espiritual  à arte espanhola, particularmente importante no rescaldo da devastadora guerra civil.

 

As suas primeiras pinturas integram elementos figurativos, mas a partir dos anos 50 e 60, a sua pintura reflete um interesse pela abstração lírica. O uso da cor, aliado à sobreposição de superfícies lisas que contrastam com a utilização de grandes quantidades de matéria, incluindo areia, são características dom sua obra neste período.  Luis Feito, adota progressivamente a partir dos anos 60 uma maior simplicidade formal, reduz  o uso de matéria , e integra elementos circulares na composição que traduzem o seu interesse pela arte japonesa.

 

Das inúmeras exposições importantes em que participou, destacamos a sua presença na Bienal de Veneza (1956, 1958, 1960, 1968), Bienal de São Paulo (1957, 1963), Documenta Kassel (1959), Bienal de Paris (1959), Museu Guggenheim (1960), Tate Gallery, Londres (1962). Das inúmeras retrospetivas sobre o seu trabalho, salientamos a na Galerie Arnaud, Paris (1961), Museu de Hamburgo (1964), Museu de Arte Contemporânea de Montreal (1968) e no Museu Nacional Reina Sofia (1998).

 
Luis Feito deixa Paris por Montreal em 1981, e mais tarde (1983) fixa residência em Nova Iorque onde permaneceu até ao inicio dos anos 90. Presentemente, vive em Madrid.